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Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos pela ONU
Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos pela ONU

Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, foram propostos no ano de 2015, na Assembleia da ONU. Os 193 Estados membros, incluindo o Brasil, se comprometeram em adotar uma agenda que busca uma ação global para a “eliminação da pobreza extrema e a fome, oferecer educação de qualidade ao longo da vida para todos, proteger o planeta e promover sociedades pacíficas e inclusivas até 2030”.

Nos concentramos em apresentar os seis primeiros objetivos, que são os seguintes:

 

  • Erradicação da Pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares;
  • Fome Zero e Agricultura Sustentável;
  • Saúde e Bem-Estar;
  • Educação de Qualidade;
  • Igualdade de Gênero;
  • Água Potável e Saneamento

 

Vale ressaltar que entre 2015 e 2023, o mundo enfrentou severas dificuldades, como crises hídricas, queimadas desenfreadas, desmatamentos, e obviamente, um dos maiores desafios da história moderna: a pandemia de COVID-19. Em 2015, o Banco Mundial estimou que 700 milhões de pessoas viviam na pobreza extrema, ou seja, viviam com menos de US$1,90 (um dólar e noventa centavos)  por dia.  Esse número representava 9.6% da população mundial.

Já em 2022, um estudo do próprio Banco Mundial mostrou que esse número havia caído para 574 milhões de pessoas, ou seja, 7% da população ainda vivia com menos de US$2,15 (dois dólares e quinze centavos) por dia – (número reajustado devido à inflação). Apesar da redução deste percentual, a meta está muito abaixo do que originalmente proposta.

É urgente que a sociedade como um todo perceba a real situação que vivenciamos no planeta, saindo de um contexto da vivência diária para o reconhecimento de necessidades mais amplas, que contemplem áreas às vezes desconhecidas, ou que mesmo parecem distantes, mas que atingem diretamente a forma como se vive rotineiramente. A criação desta agenda de desenvolvimento sustentável foi um marco importante, mas é prioritário observarmos a situação globalmente.

Não se deve omitir o fato de que o restante dos objetivos acima citados ainda representam uma realidade muito distante. Para se ter ideia da situação atual, em números brutos que foram levantados até o ano passado (2022),  os dados acerca da situação real do nosso planeta são os seguintes:

  • Segundo a ONU, em 2022, estima-se que 258 milhões de jovens ao redor do mundo não tenham a oportunidade de ingressar ou concluir a escola, enquanto outros 617 milhões não são capazes de ler ou fazer cálculos básicos;
  • Quando falamos de acesso à água potável e saneamento básico a situação é ainda mais calamitosa, segundo a ONU, é estimado que 40% da população mundial não tenha acesso seguro à água potável. O número cresce quando falamos sobre os sistemas de tratamento fluvial e de esgoto: mais da metade do mundo não tem serviços de saneamento eficientes. São, respectivamente, cerca de 2,2 bilhões e 4,2 bilhões de pessoas no mundo sem essas infraestruturas.
  • Em 2022, o Fórum Econômico Mundial divulgou um estudo que afirma que o mundo só alcançaria a igualdade de gênero em 2134. Quando o assunto é mulheres no mercado de trabalho, até 2020 a desigualdade de gênero vinha diminuindo em todo o mundo. No entanto, com a pandemia de Covid-19, essa tendência se inverteu – muito embora homens também sofram com a falta de trabalho (6,1%), as mulheres seguem liderando o ranking do desemprego (6,4%);
  • É estimado pela ONU que existam entre 702 e 828 milhões de pessoas sofrendo com a fome ao redor do mundo.  Esse número cresceu cerca de 150 milhões desde o início da pandemia;
  • A expectativa de vida ao nascer aumentou de 66,8 anos em 2000 para 73,3 anos em 2019. Contudo, após a pandemia esse número foi reduzido para 71 anos (dados referentes a 2021);

Apesar dos dados assustadores, é necessário afirmar que passos estão sendo dados em muitas frentes, e a cada dia há avanços. O que fazer depende de cada um, no seu microambiente doméstico, como separar o lixo ou não pegar uma sacola plástica para as compras do mercado a implementar práticas sustentáveis da gestão ao descarte nas empresas em que atuam ou trabalham. De se locomover através de meios menos poluentes, quando possível, a ser um turista mais consciente na viagem. De dividir a refeição a arregaçar as mangas e participar de trabalhos voluntários que ajudem populações carentes.

A ação isolada, com muitos fazendo, é uma ação coletiva, impactante.

O futuro pode não ser seu foco neste momento. Pode não ser sua prioridade, mas é no hoje que as consequências acontecem e elas atingem a todos, querendo ou não. Quem viu as últimas tragédias climáticas, quem viu poluição em rios antes límpidos, quem sente os efeitos de uma cidade poluída, quem sofre violências de todos os gêneros sabe e sente na pele.

Existe uma necessidade urgente de um esforço global conjunto para que os objetivos da ONU sejam alcançados, no menor tempo possível.

Nunca é tarde para começar. Vamos?

 

Fontes: UNICEF, Banco Mundial, Fórum Econômico Mundial e ONU

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