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Vida Terrestre
Vida Terrestre

O 15º ODS nomeado “Vida Terrestre”, assim como o 14º, está intrinsecamente ligado à questão da preservação da biosfera terrestre, tendo como pilar central “Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda.”

 

Vida terrestre no contexto atual

Os seres vivos contam com o meio ambiente para realizar uma variedade de tarefas essenciais, especialmente para garantir sua sobrevivência, incluindo a busca por água, alimento, ar e abrigo. Embora haja a adaptação dos animais e da vegetação ao ambiente em que vivem, elas não ocorrem de maneira imediata e extrema, principalmente diante da atual situação relacionada a degradação do meio-ambiente.

 

Como ressaltado pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), o momento atual é marcado por uma preocupante regressão, com a degradação do solo e a perda de terras cultiváveis atingindo níveis de 30 a 35 vezes maiores que a média histórica. As perspectivas futuras são desanimadoras, visto que a cada ano a seca se intensifica, resultando na perda de milhões de hectares de vegetação. Por exemplo, do total de mais de 8.300 espécies de animais conhecidas no Brasil (vertebrados), 8% já estão extintas e 22% correm o risco de extinção. Ou ainda, as constantes queimadas que ocorrem no Cerrado e Pantanal brasileiro. A mitigação destes desastres relacionados às mudanças climáticas globais tornou-se uma das metas prioritárias da ONU.

 

Todos os anos, saem dados alarmantes, como os do IBGE, que apontou que entre os anos de 2000 e 2018, aproximadamente 2,1 mil km² do Pantanal foram devastados. Até então, este era o bioma brasileiro mais preservado.  Outro exemplo é que a Amazônia teve, em 2022, 21 árvores derrubadas por segundo (dados compartilhados no Relatório Anual de Desmatamento no Brasil (RAD), do MapBiomas).

 

“O desmatamento em 2022 indica que a atividade é executada em larga escala: foram 234,8 hectares por hora ou 5.636 hectares por dia, na média. Somente na Amazônia foram 3.267,5 hectares desmatados por dia ou 136,1 por hora. O aumento da velocidade foi constatado em todos os biomas, menos na Mata Atlântica, onde se manteve estável”, alerta o documento.

 

De onde vem a mudança?

Certamente, práticas cotidianas como a economia de água e energia, a reciclagem e a redução do lixo, além do descarte responsável e a preferência por alimentos orgânicos de procedência sustentável, desempenham um papel importante na promoção da Vida Terrestre e melhora do quadro. No entanto, é igualmente essencial considerar a necessidade de mudanças nos sistemas de produção e consumo globais. No Brasil, embora as leis de proteção florestal busquem abordar essas questões, a fiscalização deixa a desejar, e assim o meio-ambiente continua a sofrer com sua degradação acelerada.

 

É urgente que este cenário seja revertido, não há a possibilidade para que ele piore sem graves danos a estrutura terrestre.

 

Fonte: ONU, PNUD, RAD, IBGE

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